sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O ESTREITO LIMITE

Para tudo na vida há um limite. E não estou falando dos limites de respeito que temos que ter uns com os outros. Estou falando dos vários limites que nós mesmos colocamos para as diversas situações da nossa vida.

Uma garota, que está em torno dos seus treze anos, começa a ter vontade de sair com seus colegas. É óbvio: Ela está na fase da pré-adolescência! Ela: filha única, mulher, linda e delicada! Resultado... Ciúme e excesso de zelo de seus pais... É claro! Eles são marinheiros de primeira viagem... É natural que cometam um ou outro errinho... Mas aquela situação vai se estendendo. Ela completa quatorze, quinze, dezesseis anos e nada muda! É então que chega o momento do BASTA! Chegou o estreito limite! Ela tem uma longa conversa com seus pais, mostrando que, eles querendo ou não, ela vai começar a viver à sua maneira. Eles finalmente entendem as necessidades da filha. Daí em diante, tudo muda! Dá-se início a uma nova fase.

Um casal, que acaba de se conhecer, se apaixona perdidamente! Ambos acreditam terem encontrado o grande amor de suas vidas! Eles começam a namorar, essa paixão vai crescendo e eles acreditam que precisam apenas um do outro para ser feliz. Triste engano... É então que começam a viver a vida do outro, perdendo sua individualidade, suas amizades mais valiosas, vão deixando para trás tudo aquilo que fazia parte de suas vidas e que também os deixava realmente feliz. O tempo vai passando e, somado a isso, vem o sentimento de posse, o ciúme excessivo, até doentio em alguns momentos, a falta de dividir felicidades e problemas com os amigos, brigas, brigas e mais brigas... É então que chega o momento do BASTA! Chegou o estreito limite! Ambos concordam que essa relação chegou ao ponto de fazer mais mal do que bem às suas vidas. Cada um segue o seu caminho. Dá-se início a uma nova fase.

Um executivo de sucesso, que ganha mensalmente um salário razoável na firma em que trabalha há cerca de cinco anos, não entende o porquê de não se sentir realmente feliz. Começa, então, a se lembrar dos seus verdadeiros sonhos: Desde criança ele estuda música! Simplesmente AMA cantar e tocar baixo! E como faz isso bem! Lembra-se também dos diversos convites que já recusou em relação à música, por sua falta de tempo, já que qualquer cinco minutos livres são dedicados a tal firma. Lembra-se dos sapos engolidos por todos estes anos, daquele chefe insuportável, que ele é obrigado a fingir que adora, da calvície precoce que está enfrentando, conseqüência de um longo processo de stress... Chega à conclusão de que estabilidade financeira é importante, mas não é tudo. E que quando fazemos aquilo que realmente gostamos, fazemos bem! E a grana é só uma conseqüência positiva... Afinal, é possível ter estabilidade financeira fazendo aquilo que realmente gostamos! Só é preciso correr atrás! Arriscar! É então que chega o momento do BASTA! Chegou o estreito limite! Ele sai da tal firma e começa uma promissora carreira de sucesso na música. Dá-se início a uma nova fase.

É preciso coragem para enfrentar o comodismo! Não é uma tarefa fácil, de jeito nenhum! Mas os resultados são compensadores! Vivemos em busca da felicidade. E ela só virá se enfrentarmos aquelas coisinhas que “deixamos quietas” na nossa vida, que, às vezes, nem nos fazem tão mal, mas que impedem algumas conquistas valiosas! É preciso enxergar os nossos momentos de “BASTA”, se quisermos ser realmente felizes. E você? Será que não anda cultivando seus estreitos limites?

06 de Agosto de 2010

Vivi Gonçalves

Um comentário:

  1. É cara irmã!!! Sábias palavras!!!
    Realmente não é fácil dar um BASTA e ter coragem de arriscar. Mas, NÓS DUAS podemos dizer: VALE MUITO A PENA!!! :)

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